sexta-feira, 3 de junho de 2011

Deputados evangélios "negociam" e Governo suspende o "Kit Gay"


A notícia da suspenção do "kit gay" poderia soar de forma agradável, não fossem as circunstâncias em que a decisão foi tomada. Se os nossos queridos parlamentares evangélicos descofiam de indícios de irreguaridades com o patrimônio de Antônio Palocci, por que não pressionam o Govero para que a questão seja esclarecida, independente da implementação do "kit gay"?

Ao invés disso, escolheram "negociar". Algo do tipo: "-olha, suspendam o kit gay que nós não tocamos no Palocci". Compactuar com a impunidade? Deus não tem parte com o pecado. E se a parte "ungida" da polítca nacional pensa que está favorecendo a causa do evangelho ao fazer vistas grossas para um político que enriqueceu seu patrimônio em 20 vezes nos últimos quatro anos, em troca de impedir (temporariamente, é lógico) a produção e a distribuição do material "anti-homofobia" nas escolas públicas, engana-se redondamente.

Essa troca de favores entre a bancada santa e os demais parlamentares não deixa dúvida: "Deus não é brasileiro"!

Segue abaixo o vídeo em que Dilma Roussef fala sobre a suspensão, e a notícia veiculada pelo site Folha.com


"A presidente Dilma Rousseff determinou nesta quarta-feira a suspensão da produção e distribuição do kit anti-homofobia em planejamento no Ministério da Educação, e definiu que todo material do governo que se refira a "costumes" passe por uma consulta aos setores interessados da sociedade antes de serem publicados ou divulgados.

Segundo o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), Dilma considerou o material do MEC "inadequado" e o vídeo "impróprio para seu objetivo".

A manifestação ocorreu na esteira de uma reunião de Carvalho com a bancada evangélica da Câmara. O grupo de parlamentares chegou a ameaçar o governo com obstrução da pauta no Congresso, colaborar com assinaturas para convocar o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) a se explicar sobre sua evolução patrimonial e propor uma CPI para investigar o MEC.

Ontem, no plenário, o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) chegou a pedir a demissão do ministro da Educação, Fernando Haddad. Na semana passada, o mesmo Garotinho, que é vice-presidente da Frente Parlamentar Evangélica, afirmou que a bancada evangélica, composta por 74 deputados, não votaria "nada", nenhum projeto na Câmara, até que o governo recolhesse os vídeos anti-homofobia.

Mesmo depois das declarações do Planalto, Gilberto Carvalho afirmou que não há "toma lá, dá cá" entre o governo e a bancada evangélica na questão do kit e da convocação de Palocci".


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/920652-dilma-suspende-kit-gay-apos-protesto-da-bancada-evangelica.shtml em 25/05/2011.

0 comentários:

Postar um comentário