sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Ponte para Terabíthia



Fico surpreso como Deus usa as coisas menos prováveis para falar com a gente, na hora em que menos esperamos. Semana passada estava trocando de canal aleatoriamente, sem pretensão de assistir nenhum, quando parei em um filme que me chamou a atenção. Depois vim a saber que tratava-se do filme "Ponte para Terabithia". Conta a estória de um jovem casal de amigos... trabalha amizade, respeito e outros valores... é um filme infanto-juvenil interessante.


Pois bem, em uma cena o rapaz, cristão, convida sua nova amiga para ir à igreja, coisa que ela nunca havia feito, pois seus pais não praticavam nenhuma religião. Voltando do culto, ela disse estar impressionada com a história de Jesus. O rapaz e sua irmã mais nova não demonstram o mesmo entusiasmo, dizendo achar tudo aquilo muito chato. 


A menina responde: "ENGRAÇADO, EU QUE NÃO PRECISO ACREDITAR EM JESUS ACHO A HISTÓRIA BONITA. E VOCÊS, QUE PRECISAM ACREDITAR, ACHAM A HISTÓRIA CHATA". 


Logo após esta frase, passou um filme na minha mente sobre várias coisas relacionadas com minha vida cristã. Pensei nos primeiros anos depois que me converti, quando falava de Cristo sem me preocupar muito que meus amigos me achassem chato; pensei na razão de eu estar frequentando uma igreja; me questionei sobre qual o lugar de Deus na minha vida; avaliei sobre o que tenho feito em prol do evangelho; lembrei de um "post" do blog do Taveira Junior (http://taveirajunior.blogspot.com) que tratava mais ou menos sobre esse assunto e que não tinha dado muita atenção por achar que já "dominava o assunto". Estava errado!


Enfim, em poucos minutos Deus me fez refletir sobre questões básicas da minha fé, valores que foram se desgastando principalmente pela minha tendência de trocar o evangelho simples por uma estrutura eclesiástica, como se esta pudesse substituir aquele. Este momento foi muito além do que alguns chamam de "sentimento de culpa cristã". Foi uma experiência interessante, quando eu menos esperava, e talvez por isso mesmo foi tão clara, pois não deu tempo de eu levantar alguma barreira. 


Cheguei a duas conclusões (óbvias, velhíssimas, mas que precisam ser retomadas). Primeiro: "a obra de Deus" e "o Deus da obra" não são a mesma coisa. Nada substitui nossa comunhão pessoal com Deus, nem mesmo qualquer estrutura eclesiástica. 

Segundo: as pessoas só não tem a oportunidade de achar a mensagem de Cristo "interessante", como a menina do filme, porque nós mesmos achamos ela desgastada, inútil. As pessoas só não creem porque não falamos. Quantas surpresas teríamos se falássemos mais?


Em Cristo, 
Leonardo de Souza

1 comentários:

Unknown disse...

Impressionante como as vezes não retomamos o primeiro amor que outrora tínhamos, quantas vezes nos encontramos no comodismo, quantas vezes nos vemos na mesmice e deixamos de lado a obra grandiosa de Cristo por nós. realmente algo a se pensar, Cristo tem sido apenas aquele que desceu do céu e morreu por nós ou ainda tem sido o Senhor diário de nossas vidas?
Agora me diz, você voltou e leu de novo meu blog? huhauhauah

Forte abraço, Deus Ku Bo! (em Criolo)

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