sábado, 5 de março de 2011

A DECADÊNCIA DA MÚSICA GOSSSSPEL

Semana passada um amigo que mora em São Paulo (Duh ou Kaê, ao gosto do cliente) me mostrou uma música, da cantora DAMARES. "Sabor de Mel" é o nome da música. Segue a letra e chamo a atenção para as partes em negrito:

O agir de Deus é lindo
Na vida de quem é fiel
No começo tem provas amargas
Mas no fim tem o sabor do mel
Eu nunca vi um escolhido sem resposta
Porque em tudo Deus lhe mostra uma solução
Até nas cinzas ele clama e Deus atende
Lhe protege
Lhe defende
com as suas fortes mãos
Você é um escolhido
E a tua história não acaba aqui
Você pode estar chorando agora
Mas amanhã você irá sorrir.

Deus vai te levantar das cinzas e do pó
Deus vai cumprir tudo que tem te prometido
Você vai ver a mão de Deus te exaltar
Quem te vê há de falar
Ele é mesmo o escolhido.

Vão dizer que você nasceu pra vencer
Que já sabiam porque você
Tinha mesmo cara de vencedor
E que se Deus quer agir ninguém pode impedir
Então você verá cumprir cada palavra
Que o Senhor falou,

Quem te viu passar na prova
E não te ajudou
Quando ver você na benção
Vão se arrepender
Vai estar entre a plateia
E você no palco
Vai olhar e ver
Jesus brilhando em você
Quem sabe no teu pensamento
Você vai dizer
Meu Deus como vale a pena
A gente ser fiel
Na verdade a minha prova
Tinha um gosto amargo
Mas minha vitória hoje
Tem sabor de mel.


Tem sabor de mel
Tem sabor de mel
A minha vitória hoje
Tem sabor de mel.




Naquele dia por alguns momentos conversamos sobre a decadência das músicas "evangélicas" de hoje. Não que eu seja daqueles saudosistas que sempre acham que as coisas do passado eram melhores que as de hoje. Mas é uma questão de simples observação: alguns anos atrás cantávamos músicas de Louvor a Deus; as letras exaltavam os atributos do Senhor e apontavam para a insignificância do homem em comparação à soberania do Eterno. Não é a toa que muitas igrejas ainda prefiram cantas as mesmas músicas de 20 anos atrás. Como diz o Rafa, as letras falavam da segunda pessoa do singular, o "tu". Hoje, se fala do "eu".

"Eu isso", "eu aquilo", "cara de vencedor", "Deus vai te exaltar" (caramba, será que Deus vai compor uma música em meu louvor?), "eu sou o escolhido", "restituí eu quero de volta o que é meu" (a melô do imposto de renda), "determine isso ou aquilo"... e por aí vai, é só observar. Sutilmente o homem vai voltando ao pecado de Lúcifer, no sentido de tentar tomar o lugar que pertence a Deus. Se esquece quem é o servo e quem é o Senhor. E o que é pior, isso vem acontecendo dentro da própria igreja, normalmente sob os olhos das lideranças.

Quando a Damares diz que "Quem te viu passar na prova e não te ajudou, quando ver você na benção vão se arrepender, vai estar entre a plateia e você no palco", ela simplesmente fala do que seu coração está cheio. O "dar a outra face" à alguém que lhe prejudicou não está em pauta. O que conta é estar brilhando no palco, causando uma "santa inveja" nas pessoas.

Essa é a nossa geração. E essas são as músicas com as quais nossa geração pretende louvar ao Senhor.

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